Seguiu seu percurso com caráter enrijecido, assumindo dentro de si toda responsabilidade e culpa, engolindo tudo como preço de uma escolha.
Uma vez ou outra titubeou com as próprias emoções, mas já era tarde para fazer voltar o certo que nunca vai dar.
Estreitou a vida num cercado de rancores, medos e opressões próprias e não deu vazão a nada, somente a si mesmo.
Com a descoberta do aprender a viver conformou suas frustrações em longas e declaradas entorpecências.
O tempo fez com que o medo se torna-se apenas uma ressaca moral, depois de uma embriaguez deliberada.
Foi-se crescendo e valendo-se de si ou digo isso para reprimir o que não vivi para saber.
Comparado a outro, comparado à outra pessoa, ora passou, ora não sei mais quem és, os sonhos não valem de nada a não ser de si mesmos se forem vividos.
Conte-me quem já viveu deles ou de um encontro marcado que nunca acontece.
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